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Karoliny Pinez

segunda-feira, 17 de maio de 2010

“A minha vida, a mais verdadeira, é irreconhecível, extremamente interior e não tem uma só palavra que a signifique.”

Clarice Lispector

segunda-feira, 10 de maio de 2010

E eu estava ali, e ali permaneci, apenas admirando...admirando aquela criança tão pequenina, com um imenso medo de quebra-la apenas a olhando de tão delicado que seus ossos pareciam ser. E ela, a sua mãe, a pegou do berço e veio em minha direção.
- Quer segura-la?
Nunca tinha pegado um bebê no colo, o medo de derruba-la, de machuca-la era tão grande, porém, não maior que a vontade de te-la em meus braços..
Sentei-me no sofá e estendi os braços, e sua mãe a me entregou, como se entrega-se a mim a sua vida, me olhou com um olhar preocupado e eu lhe respondi, com um olhar de carinho, não sei como mas naquele momento eu sabia o que estava fazendo. Mais segura, ela depositou a sua vida em meus braços. Aquela menina tão pequena, embrulhada em um cobertor que mesmo sendo para crianças, a cobria inteira, estava em meu colo. A sensação que senti naquele momento foi inexplicável, o aconchego que ela me passou, e aconchego que tenho certeza que ela também sentiu, pois dormindo em meus braços, ela sonhava..e sorria.
Eu era apenas uma adolescente, mas naquele instante, aquele sentimento de amor que senti com ela se aninhando em meu braços, despertou em mim o maior desejo que uma mulher pode ter: o de ser mãe!
Do mesmo jeito com que ela sonhava, eu a olhava com tanta ternura e a acarinhava, e sonhei com o meu futuro, onde um dia aquela criança no meu colo, seria a minha (meu) filha (o).
Levantei, como se no meu colo houvesse uma pedra de cristal rara, única, andei como se estivese andando em nuvens, na porta de seu quarto a beijei como se beija-se uma rosa, há como eu queria que aquele momento não acabasse. Cheguei em seu berço, cheio de enfeites cor de rosa, a recoloquei onde antes ela se encontrava, ela não gostou muito, franziu as sombrancelhas, eu ri, ela tinha gostado do meu colo!
E acarinhando pela ultima vez naquele dia o seu rosto, aquela pele tão macia e rosada me despedi com uma lágrima que não conseguiu se segurar e rolou pela minha face, não era de tristeza, era de alegria. E naquele dia, eu tive a certeza que ser mãe só pode ser um presente divino, e me veio a cabeça as mães que muitas vezes ouço na TV, que maltratam os seus filhos, como são capazes de fazerem isso com esses anjos?! Mas não quero falar de tristeza, não consigo falar de tristeza, olhando para ela, dormindo, tão sossegada... Ser mãe é algo inexplicável, é nesse momento que finalmente descobrimos o que é o amor de verdade!
FELIZ DIA DAS MÃES!!!!!!!
Karoliny Pinez

Obs: post atrasado, pq passei o domingo com a minha mãe né :)
E sim, o texto é de minha autoria! Espero que nenhuma pessoa haja de má fé :s

Beijos :*

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sinceramente, que me perdoem todos os escritores famosos e merecedores de tal fama, mas Clarice Lispector é a rainha de todos *-*
As vezes desconfio, pelas coisas que ela escreveu, que ela me conhecia melhor do que eu mesma, mesmo antes de eu nascer..

"Depois que aprendi a pensar por mim mesma, nunca mais pensei como os outros!"
Clarice Lispector